♦ Níveis e critérios
Critérios de
Avaliação
Critérios de Avaliação
A certificação pelo Selo ALSO Brasil é baseada em oito dimensões estruturantes, inspiradas nas melhores práticas internacionais de acreditação em saúde e adaptadas à realidade da atenção materna e neonatal. Os critérios são progressivos e acumulativos conforme o nível da certificação:
1 – Segurança do Paciente
Essencial: Protocolos institucionais obrigatórios implementados (hemorragia, eclâmpsia, sepse).
Avançado: Simulações práticas anuais e auditoria de eventos críticos.
Excelência: Comissão de segurança materna atuante com análise de casos e ações corretivas.
2 – Gestão da Qualidade
Essencial: Indicadores básicos monitorados trimestralmente.
Avançado: Uso de ciclos de melhoria com metas e plano de ação.
Excelência: Cultura institucional voltada à segurança e qualidade, com envolvimento da liderança.
3 – Gestão de Processos Assistenciais e Administrativos
Essencial: Padronização dos fluxos de atendimento obstétrico.
Avançado: Integração entre setores assistenciais e administrativos.
Excelência: Avaliação sistemática da efetividade dos processos e ações de correção.
4 – Gestão da Liderança e Estratégia Institucional
Essencial: Apoio formal da direção institucional ao processo de certificação.
Avançado: Inclusão de metas de segurança no planejamento estratégico.
Excelência: Governança clínica ativa com prestação de contas e transparência.
5 – Gestão de Pessoas
Essencial: Equipe com formação em ALSO e BLSO atualizada a cada 2 anos.
Avançado: Participação regular em oficinas e treinamentos práticos.
Excelência: Política de educação continuada estruturada e avaliação de desempenho da equipe.
6 – Gestão da Infraestrutura
Essencial: Itens críticos para emergências obstétricas disponíveis e funcionais.
Avançado: Manutenção preventiva e plano de contingência documentado.
Excelência: Ambiência adequada, acessibilidade e condições ideais de acolhimento à mulher.
7 – Gestão da Informação e Prontuário
Essencial: Preenchimento correto dos campos obrigatórios no prontuário.
Avançado: Uso de ferramentas de auditoria e feedback à equipe.
Excelência: Sistema informatizado com rastreabilidade, sigilo e interoperabilidade.
8 – Melhoria Contínua
Essencial: Relatórios trimestrais com análise básica de indicadores.
Avançado: Adoção de planos de melhoria com base nos resultados.
Excelência: Envolvimento da equipe em ciclos de melhoria com participação ativa da usuária.
Os 8 Eixos Estruturantes do Selo ALSO Brasil
O processo de certificação do Selo ALSO Brasil está ancorado em oito eixos fundamentais que traduzem os pilares de uma assistência materna e neonatal segura, de qualidade e centrada na mulher. Esses eixos guiam tanto a autoavaliação das instituições quanto o processo de auditoria técnica, promovendo um ciclo contínuo de melhoria.
1 – Segurança do Paciente
Avalia a implementação de práticas que previnem eventos adversos, como protocolos para identificação segura, prevenção de hemorragias, sepse e eclâmpsia, cultura de notificação de incidentes, barreiras de segurança e ações proativas de mitigação de riscos.
2 – Gestão da Qualidade
Verifica a existência de um sistema de gestão da qualidade com indicadores monitorados regularmente, mecanismos formais de revisão de processos, ações corretivas e preventivas, além do compromisso institucional com a melhoria contínua.
3 – Gestão de Processos Assistenciais e Administrativos
Examina o grau de padronização dos processos clínicos e administrativos, incluindo fluxos de atendimento, linhas de cuidado, prontuário unificado e integração entre setores, assegurando eficiência e continuidade da assistência.
4 – Gestão da Liderança e Estratégia Institucional
Analisa o envolvimento da alta gestão no fortalecimento da cultura de segurança, a existência de uma estratégia clara para saúde materna, alocação de recursos e a articulação com lideranças clínicas para a implementação de melhorias.
5 – Gestão de Pessoas
Avalia o dimensionamento adequado das equipes, a capacitação contínua por meio de treinamentos como ALSO e BLSO, a adesão aos protocolos e o engajamento dos profissionais na melhoria da assistência e da experiência da paciente.
6 – Gestão da Infraestrutura
Inclui a adequação física e tecnológica da instituição, a disponibilidade de equipamentos essenciais (ex. ressuscitação neonatal, controle de hemorragias), acesso a medicamentos de emergência, manutenção preventiva e ambiência acolhedora.
7 – Gestão da Informação e Prontuário
Examina a qualidade, integridade e segurança dos registros clínicos, o uso de sistemas informatizados, rastreabilidade de dados e confidencialidade das informações, garantindo suporte à decisão clínica e à avaliação institucional.
8 – Melhoria Contínua
Verifica se há ciclos formais de avaliação e retroalimentação, como auditorias internas, análises de indicadores, feedback de pacientes, aplicação de Plan-Do-Study-Act (PDSA), além de ações de inovação alinhadas com evidências científicas.
